Comentários leigos – 2 Co. 11

1Tomara que me suportásseis um pouco na minha loucura! Suportai-me, porém, ainda. 2Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. 3Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo. 4Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis. 5Porque penso que em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos. 6E, se sou rude na palavra, não o sou, contudo, na ciência; mas já em tudo nos temos feito conhecer totalmente entre vós.

7Pequei, porventura, humilhando-me a mim mesmo, para que vós fôsseis exaltados, porque de graça vos anunciei o evangelho de Deus? 8Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e, quando estava presente convosco e tinha necessidade, a ninguém fui pesado. 9Porque os irmãos que vieram da Macedônia supriram a minha necessidade; e em tudo me guardei de vos ser pesado e ainda me guardarei. 10Como a verdade de Cristo está em mim, esta glória não me será impedida nas regiões da Acaia. 11Por quê? Porque vos não amo? Deus o sabe. 12Mas o que eu faço o farei para cortar ocasião aos que buscam ocasião, a fim de que, naquilo em que se gloriam, sejam achados assim como nós. 13Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. 14E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. 15Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.

16Outra vez digo: ninguém me julgue insensato ou, então, recebei-me como insensato, para que também me glorie um pouco. 17O que digo, não o digo segundo o Senhor, mas, como por loucura, nesta confiança de gloriar-me. 18Pois que muitos se gloriam segundo a carne, eu também me gloriarei. 19Porque, sendo vós sensatos, de boa mente tolerais os insensatos. 20Pois sois sofredores, se alguém vos põe em servidão, se alguém vos devora, se alguém vos apanha, se alguém se exalta, se alguém vos fere no rosto. 21Envergonhado o digo, como se nós fôssemos fracos, mas, no que qualquer tem ousadia (com insensatez falo), também eu tenho ousadia. 22São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. São descendência de Abraão? Também eu. 23São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. 24Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um; 25três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; 26em viagens, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; 27em trabalhos e fadiga, em vigílias, muitas vezes, em fome e sede, em jejum, muitas vezes, em frio e nudez. 28Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas. 29Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me abrase?

30Se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza. 31O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que é eternamente bendito, sabe que não minto. 32Em Damasco, o que governava sob o rei Aretas pôs guardas às portas da cidade dos damascenos, para me prenderem, 33e fui descido num cesto por uma janela da muralha; e assim escapei das suas mãos.

2 Coríntios 11 (ARC – Almeida Revista e Corrigida)


1
Continuação do contexto do capítulo anterior, em resposta aos seus opositores.

Paulo estava possivelmente se referindo a como seus opositores diziam dele: “é insensato e não podemos mais suportá-lo” [conjectura]. O apóstolo então toma para si este insulto como ponto de partida para mais argumentações.

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Comentários leigos – 2 Co. 10

1Além disso, eu, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo, eu que, na verdade, quando presente entre vós, sou humilde, mas ausente, ousado para convosco; 2rogo- vos, pois, que, quando estiver presente, não me veja obrigado a usar com confiança da ousadia que espero ter com alguns que nos julgam como se andássemos segundo a carne. 3Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. 4Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; 5destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo, 6e estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.

7Olhais para as coisas segundo a aparência? Se alguém confia de si mesmo que é de Cristo, pense outra vez isto consigo: assim como ele é de Cristo, também nós de Cristo somos. 8Porque, ainda que eu me glorie mais alguma coisa do nosso poder, o qual o Senhor nos deu para edificação e não para vossa destruição, não me envergonharei, 9para que não pareça como se quisera intimidar-vos por cartas. 10Porque as suas cartas, dizem, são graves e fortes, mas a presença do corpo é fraca, e a palavra, desprezível. 11Pense o tal isto: quais somos na palavra por cartas, estando ausentes, tais seremos também por obra, estando presentes. 12Porque não ousamos classificar-nos ou comparar-nos com alguns que se louvam a si mesmos; mas esses que se medem a si mesmos e se comparam consigo mesmos estão sem entendimento.

13Porém não nos gloriaremos fora de medida, mas conforme a reta medida que Deus nos deu, para chegarmos até vós; 14porque não nos estendemos além do que convém, como se não houvéssemos de chegar até vós, pois já chegamos também até vós no evangelho de Cristo; 15não nos gloriando fora de medida nos trabalhos alheios; antes, tendo esperança de que, crescendo a vossa fé, seremos abundantemente engrandecidos entre vós, conforme a nossa regra, 16para anunciar o evangelho nos lugares que estão além de vós e não em campo de outrem, para nos não gloriarmos no que estava já preparado. 17Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor. 18Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor louva.

2 Coríntios 10 (ARC – Almeida Revista e Corrigida)


1 – 2

Mudança de tema e de tom de Paulo em relação aos capítulos anteriores, agora tratando da defesa de seu ministério.

O apóstolo pode para que, quando ele estiver novamente com os Coríntios, não tenha de ser duro como foi nas cartas enviadas. Ele lembra que, embora seja duro nas cartas, pessoalmente é humilde.

Esta advertência é dirigida a uma pessoa, ou a um grupo de pessoas que acusavam Paulo de ser carnal, ou seja, que seu trabalho teria o proveito próprio como objetivo. A estes, o apóstolo avisa que agirá firmemente, caso seja necessário, pois parte do argumento deles era a diferença de Paulo enquanto presente e ausente. Talvez estivessem dispostos a encará-lo/enfrentá-lo pessoalmente aproveitando-se de sua humildade.

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Comentários leigos – 2 Co. 9

1Quanto à administração que se faz a favor dos santos, não necessito escrever-vos, 2porque bem sei a prontidão do vosso ânimo, da qual me glorio de vós, para com os macedônios, que a Acaia está pronta desde o ano passado, e o vosso zelo tem estimulado muitos. 3Mas enviei estes irmãos, para que a nossa glória, acerca de vós, não seja vã nessa parte; para que (como já disse) possais estar prontos, 4a fim de, se acaso os macedônios vierem comigo e vos acharem desapercebidos, não nos envergonharmos nós (para não dizermos, vós) deste firme fundamento de glória. 5Portanto, tive por coisa necessária exortar estes irmãos, para que, primeiro, fossem ter convosco e preparassem de antemão a vossa bênção já antes anunciada, para que esteja pronta como bênção e não como avareza.

6E digo isto: Que o que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará. 7Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. 8E Deus é poderoso para tornar abundante em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em toda boa obra, 9conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre.

10Ora, aquele que dá a semente ao que semeia e pão para comer também multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça; 11para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se deem graças a Deus. 12Porque a administração desse serviço não só supre as necessidades dos santos, mas também redunda em muitas graças, que se dão a Deus, 13visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles e para com todos, 14e pela sua oração por vós, tendo de vós saudades, por causa da excelente graça de Deus que em vós há. 15Graças a Deus, pois, pelo seu dom inefável.

2 Coríntios 9 (ARC – Almeida Revista e Corrigida)


1 – 2

Possivelmente Paulo indica que falar novamente sobre os detalhes das ofertas seria redundante, levando em conta o capítulo anterior e também cartas e visitas anteriores (do apóstolo e de outras pessoas). Ainda mais porque era sabido que os crentes de Corinto já estavam preparando ofertas há um ano.

A notícia de tais ofertas generosas serviam, inclusive, de incentivo para as outras igrejas.

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Comentários leigos – 2 Co. 8

1Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedônia; 2como, em muita prova de tribulação, houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza superabundou em riquezas da sua generosidade. 3Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente, 4pedindo-nos com muitos rogos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos. 5E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor e depois a nós, pela vontade de Deus; 6de maneira que exortamos a Tito que, assim como antes tinha começado, assim também acabe essa graça entre vós. 7Portanto, assim como em tudo sois abundantes na fé, e na palavra, e na ciência, e em toda diligência, e em vosso amor para conosco, assim também abundeis nessa graça.

8Não digo isso como quem manda, mas para provar, pela diligência dos outros, a sinceridade do vosso amor; 9porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis. 10E nisso dou o meu parecer; pois isso vos convém a vós, que desde o ano passado começastes; e não foi só praticar, mas também querer. 11Agora, porém, completai também o já começado, para que, assim como houve a prontidão de vontade, haja também o cumprimento, segundo o que tendes. 12Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem e não segundo o que não tem. 13Mas não digo isso para que os outros tenham alívio, e vós, opressão; 14mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade, 15como está escrito: O que muito colheu não teve de mais; e o que pouco, não teve de menos.

16Mas graças a Deus, que pôs a mesma solicitude por vós no coração de Tito; 17pois ele aceitou a exortação e, muito diligente, partiu voluntariamente para vós. 18E com ele enviamos aquele irmão cujo louvor no evangelho está espalhado em todas as igrejas. 19E não só isso, mas foi também escolhido pelas igrejas para companheiro da nossa viagem, nessa graça que por nós é ministrada para glória do mesmo Senhor e prontidão do vosso ânimo; 20evitando isto: que alguém nos vitupere por essa abundância, que por nós é ministrada; 21pois zelamos o que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens. 22Com eles, enviamos também outro nosso irmão, o qual, muitas vezes e em muitas coisas, já experimentamos ser diligente e agora muito mais diligente ainda pela muita confiança que em vós tem. 23Quanto a Tito, é meu companheiro e cooperador para convosco; quanto a nossos irmãos, são embaixadores das igrejas e glória de Cristo. 24Portanto, mostrai para com eles, perante a face das igrejas, a prova do vosso amor e da nossa glória acerca de vós.

2 Coríntios 8 (ARC – Almeida Revista e Corrigida)


1 – 3
Mesmo diante de muitas lutas e aflições, e ainda sendo pobres, os irmãos das igrejas da Macedônia se dispuseram a ofertar para os crentes da Judeia (como informado pelo título deste capítulo — o título que aparece na Bíblia). Sua oferta, em alguns casos, foi acima do que podiam, e o fizeram por própria iniciativa.

4 – 5
Possivelmente Paulo havia comentado a situação dos cristãos na Judeia, e que algumas igrejas levantaram ofertas. Porém, percebendo a pobreza daqueles cristãos, o apóstolo nem havia cogitado pedir que levantassem, eles também, ofertas.

Aqueles cristãos decidiram por vontade própria levantar ofertas e, mesmo diante de algumas possíveis recusas de Paulo (cujo motivo pode ser justamente a pouca condição que tinham), continuaram insistindo para que pudessem participar das ofertas.

Além das ofertas, aqueles cristãos surpreenderam Paulo por não só terem se convertido e levantado ofertas, como também se dispondo a acompanhá-lo nas missões evangelísticas.

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Comentários leigos – 2 Co. 7

1Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.

2Recebei-nos em vossos corações; a ninguém agravamos, a ninguém corrompemos, de ninguém buscamos o nosso proveito. 3Não digo isso para vossa condenação; pois já, antes, tinha dito que estais em nossos corações para juntamente morrer e viver. 4Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação e transbordante de gozo em todas as nossas tribulações.

5Porque, mesmo quando chegamos à Macedônia, a nossa carne não teve repouso algum; antes, em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro. 6Mas Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito; 7e não somente com a sua vinda, mas também pela consolação com que foi consolado de vós, contando-nos as vossas saudades, o vosso choro, o vosso zelo por mim, de maneira que muito me regozijei. 8Porquanto, ainda que vos tenha contristado com a minha carta, não me arrependo, embora já me tivesse arrependido por ver que aquela carta vos contristou, ainda que por pouco tempo; 9agora, folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para o arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus; de maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma. 10Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte. 11Porque quanto cuidado não produziu isso mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que apologia, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vingança! Em tudo mostrastes estar puros neste negócio. 12Portanto, ainda que vos tenha escrito, não foi por causa do que fez o agravo, nem por causa do que sofreu o agravo, mas para que o vosso grande cuidado por nós fosse manifesto diante de Deus. 13Por isso, fomos consolados pela vossa consolação e muito mais nos alegramos pela alegria de Tito, porque o seu espírito foi recreado por vós todos. 14Porque, se nalguma coisa me gloriei de vós para com ele, não fiquei envergonhado; mas, como vos dissemos tudo com verdade, também a nossa glória para com Tito se achou verdadeira. 15E o seu entranhável afeto para convosco é mais abundante, lembrando-se da obediência de vós todos e de como o recebestes com temor e tremor. 16Regozijo-me de em tudo poder confiar em vós.

2 Coríntios 7 (ARC – Almeida Revista e Corrigida)


1
Ainda no contexto do capítulo anterior, com a promessa de que ao nos santificarmos Deus nos será por pai e nos tomará por filhos e filhas, que façamos como foi ordenado por Deus, ou seja, santifiquemo-nos, purificando-nos de toda impureza da carne e do espírito, por temor ao nosso Deus.

2 – 4
Mais um apelo, semelhante ao do versículo 13 do capítulo 6. Paulo pede que os crentes de Corinto o recebam em seus corações e elenca três motivos para não serem desprezados: a nenhum deles trataram com injustiça, a nenhum prejudicaram e nenhum foi explorado.

Este novo apelo não é para condenação. Trata-se mesmo de apenas um apelo, pois de sua parte Paulo já os tem em seu coração.

As notícias que Paulo recebeu dos coríntios, por parte de Tito, deixou o apóstolo bastante consolado e até orgulhoso (“e grande a minha jactância a respeito de vós”) de seus filhos espirituais (orgulho no sentido de se alegrar pelas conquistas deles, como os pais sentem pelos filhos).

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Comentários leigos – 2 Co. 6

1E nós, cooperando também com ele, vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão 2(Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação.); 3não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado.

4Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, 5nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, 6na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, 7na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda, 8por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama, como enganadores e sendo verdadeiros; 9como desconhecidos, mas sendo bem-conhecidos; como morrendo e eis que vivemos; como castigados e não mortos; 10como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo e possuindo tudo.

11Ó coríntios, a nossa boca está aberta para vós, o nosso coração está dilatado. 12Não estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos vossos próprios afetos. 13Ora, em recompensa disso (falo como a filhos), dilatai-vos também vós.

14Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? 15E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? 16E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 17Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; 18e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.

2 Coríntios 6 (ARC – Almeida Revista e Corrigida)


1 – 2
Como embaixadores de Cristo (capítulo anterior) chamando os crentes para reconciliação com Deus, o apóstolo reitera sua súplica para que os coríntios não recebam a graça em vão. Uma vez que é Deus quem opera a reconciliação, a graça neste caso seria o conhecimento da palavra e um amadurecimento de caráter diante do evangelho. Essa graça que pode ser operada e transformada em salvífica, seria em vão (não só para eles, como para os que pregaram, no sentido de trabalho perdido) se os que a recebem, a experimentam, mas depois a rejeitam.

De fato, como diz Paulo, o tempo para a salvação dos gentios, ou seja, os que não são judeus já chegou. O apóstolo faz referência à profecia registrada em Isaías 49. O trecho específico é o versículo 8.

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Comentários leigos – 2 Co. 5

1Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. 2E, por isso, também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu; 3se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus. 4Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados, não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. 5Ora, quem para isso mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito.

6Pelo que estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor 7(Porque andamos por fé e não por vista.). 8Mas temos confiança e desejamos, antes, deixar este corpo, para habitar com o Senhor. 9Pelo que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes. 10Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.

11Assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé, mas somos manifestos a Deus; e espero que, na vossa consciência, sejamos também manifestos. 12Porque não nos recomendamos outra vez a vós; mas damo-vos ocasião de vos gloriardes de nós, para que tenhais que responder aos que se gloriam na aparência e não no coração.

13Porque, se enlouquecemos, é para Deus; e, se conservamos o juízo, é para vós. 14Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram. 15E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 16Assim que, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, agora, já o não conhecemos desse modo. 17Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.

18E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, 19isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação. 20De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus. 21Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.


1 – 9
Paulo tinha como ofício a construção de tendas, e utiliza a tenda como metáfora para o corpo corruptível e mortal. Além deste nosso corpo temporário, em Deus temos um corpo excelente, não feito por mãos humanas, mas eterno e feito pelo próprio criador. Parte da esperança no que não se vê é a transformação deste corpo incorruptível no corpo perfeito e celestial.

A não transformação, ou seja, o estágio intermediário da morte, o desencarnar deste corpo, antes do revestimento eterno, é comparado com o estar nu.

Outra esperança de Paulo, e possivelmente uma esperança comum entre os cristãos daquele tempo — a qual advinha da preparação de Deus —, era que não passariam pela morte, mas que seriam transformados. A certeza de que teremos novos corpos, perfeitos, é o penhor do Espírito, seu selo em nós como garantia. Esta transformação acontecerá aos que estiverem vivos no tempo em que ocorrer, e aos que já estiverem mortos.

O apóstolo Paulo tinha confiança absoluta na transformação dos corpos, pela fé e não pelo que via. Sua preferência, obviamente, era já não estar neste corpo terreno e estar com Deus, porém, independente de como estejamos (vivos ou mortos), o objetivo é ser agradável ao Senhor.

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Comentários leigos – 2 Co. 4

1Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; 2antes, rejeitamos as coisas que, por vergonha, se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto, 4nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. 5Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos, por amor de Jesus. 6Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.

7Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. 8Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; 9perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 10trazendo sempre por toda parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos. 11E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal. 12De maneira que em nós opera a morte, mas em vós, a vida. 13E temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri; por isso, falei. Nós cremos também; por isso, também falamos, 14sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus e nos apresentará convosco. 15Porque tudo isso é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, torne abundante a ação de graças, para glória de Deus.

16Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente, 18não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.

2 Coríntios 4 (ARC – Almeida Revista e Corrigida)


1 – 2
O ministério apostólico foi dado segundo a misericórdia de Deus, e esta misericórdia os faz perseverar. Como consequência rejeitam os atos vergonhosos, astúcia e distorção/falsificação da palavra de Deus. Por isso qualquer pessoa pode atestar a veracidade de sua pregação.

3 – 4
Se o evangelho ainda está encoberto (possível menção ao contexto do véu no capítulo anterior), é somente para os que se perdem que está encoberto. Quem encobre é o diabo, o deus deste século, cegando-os para que o evangelho não resplandeça.

Aqueles que estão entregues ao inimigo de nossas almas não são capazes de perceber o evangelho como o é, mas somente aqueles a quem Cristo retirou o véu (2 Co. 3:14).

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Comentários leigos – 2 Co. 3

1Porventura, começamos outra vez a louvar-nos a nós mesmos? Ou necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós ou de recomendação de vós? 2Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens, 3porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós e escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração. 4E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; 5não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, 6o qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito vivifica.

7E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, 8como não será de maior glória o ministério do Espírito? 9Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça. 10Porque também o que foi glorificado, nesta parte, não foi glorificado, por causa desta excelente glória. 11Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece.

12Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar. 13E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. 14Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do Velho Testamento, o qual foi por Cristo abolido. 15E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. 16Mas, quando se converterem ao Senhor, então, o véu se tirará. 17Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. 18Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.

2 Coríntios 3 (ARC – Almeida Revista e Corrigida)


1 – 5
Em continuação ao raciocínio no fim do primeiro capítulo. Lá Paulo fala que por meio das pregações do evangelho Deus manifesta o cheiro do seu conhecimento, o bom cheiro de Cristo, cheiro de vida para os que se salvam, e de condenação para os que se perdem. O apóstolo ainda atesta que não é mercador da fé.

Diante disto Paulo deixa claro que não está procurando louvor ou destaque para si, ou que necessitasse da confirmação para/e dos crentes de Corinto para seu ministério perante outras igrejas. Antes, a própria igreja plantada era a confirmação que podia ser atestada por qualquer pessoa. A igreja de Corinto já era, por si, a carta de recomendação de Cristo, a qual foi ministrada através de Paulo e seus companheiros, não em tábuas de pedra (referência à lei mosaica) mas no coração.

A confiança do apóstolo e seus companheiros na confirmação de Cristo na igreja de Corinto se dava em Deus, pois reconheciam que a capacidade de realizar aquele trabalho apostólico foi dado divinamente.

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Comentários leigos – 2 Co. 2

1Mas deliberei isto comigo mesmo: não ir mais ter convosco em tristeza. 2Porque, se eu vos entristeço, quem é que me alegrará, senão aquele que por mim foi contristado? 3E escrevi-vos isso mesmo para que, quando lá for, não tenha tristeza da parte dos que deveriam alegrar-me, confiando em vós todos de que a minha alegria é a de todos vós. 4Porque, em muita tribulação e angústia do coração, vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que vos entristecêsseis, mas para que conhecêsseis o amor que abundantemente vos tenho.

5Porque, se alguém me contristou, não me contristou a mim senão em parte, para vos não sobrecarregar a vós todos; 6basta ao tal esta repreensão feita por muitos. 7De maneira que, pelo contrário, deveis, antes, perdoar-lhe e consolá-lo, para que o tal não seja, de modo algum, devorado de demasiada tristeza. 8Pelo que vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor. 9E para isso vos escrevi também, para por essa prova saber se sois obedientes em tudo. 10E a quem perdoardes alguma coisa também eu; porque o que eu também perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo; para que não sejamos vencidos por Satanás, 11porque não ignoramos os seus ardis.

12Ora, quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo e abrindo-se-me uma porta no Senhor, 13não tive descanso no meu espírito, porque não achei ali meu irmão Tito; mas, despedindo-me deles, parti para a Macedônia.

14E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar o cheiro do seu conhecimento. 15Porque para Deus somos o bom cheiro de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. 16Para estes, certamente, cheiro de morte para morte; mas, para aqueles, cheiro de vida para vida. E, para essas coisas, quem é idôneo? 17Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus; antes, falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus.

2 Coríntios 2 (ARC – Almeida Revista e Corrigida)


1 – 3
Continuação do raciocínio iniciado no fim do primeiro capítulo. Para poupá-los de sua ira é que Paulo não foi a Corinto. Antes, pensou consigo que não deveria ir entristecê-los outra vez. O apóstolo confessa que se tivesse ido provavelmente não haveria outro sentimento além da tristeza, pois quem poderia alegrá-lo também estaria triste por causa das reprimendas de Paulo.

4
Referência a 1 Coríntios ou a Carta Severa (ver introdução).

Paulo fala de seus sentimentos enquanto escrevia esta carta, ou seja, com grande angústia, com o coração aflito e muitas lágrimas. Então revela a intenção que tinha através daquela carta, que não era com o único propósito de entristecê-los, mas de mostrar o quanto o apóstolo os amava e se preocupava.

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